Perspectivas para o Profissional de Redes em Natal-RN

Com todas as deficiências que o mercado de Natal ainda possa ter, o que um profissional de redes ou estudante na área poderia fazer para aumentar suas chances de sucesso na sua carreira profissional?

Antes de tentar responder esta pergunta, precisamos ter em mente que o mercado de TI é um mercado muito novo e que evolui a uma velocidade grande se comparado a outras profissões. Isto tem o seu lado bom, o profissional de TI é diariamente desafiado a manter seus conhecimentos atualizados e tentar direcionar seus estudos para as tecnologias certas. Aliás, uma das características que considero fundamentais nos profissionais de TI de alto desempenho é exatamente esta busca incansável por atualização.

Por outro lado, a área de TI sofre terrivelmente de desinformação. Se os próprios profissionais sequer entendem as áreas de atuação do profissional, a situação é bem pior quando vemos profissionais de outras áreas tentando colocar a TI para funcionar a seu serviço.

Assim como as profissões mais antigas evoluíram para ter profissionais generalistas e especialistas, a TI inevitavelmente precisa seguir este rumo. Não existe um profissional de redes, existem vários tipos de profissionais de redes diferentes.

Um dos tipos de profissional de redes pode cuidar da parte mais física, mais “hardware” da rede. Podem cuidar do cabeamento estruturado, da eletricidade, refrigeração e organização física de um datacenter. Pode cuidar de equipamentos ou ativos de redes, tanto em redes cabeadas como redes sem fio.

O profissional de redes pode ainda cuidar da administração dos softwares que rodam nos servidores, administrando os sistemas operacionais e plataformas que funcionam como infraestrutura para o desenvolvimento de softwares ou que permitem oferecer diversos recursos para uso dos usuários, como gestão de identidades, entrega de aplicações, controles de acesso, gestão de ativos, compartilhamento de recursos, ferramentas de produtividade e de comunicação, entre outros.

Este mesmo profissional de redes pode ainda se especializar na administração de bancos de dados da empresa, pode se especializar na gestão da segurança da informação, na otimização de infraestrutura física, na nuvem e na otimização de plataformas ou middlewares.

Concentremo-nos novamente na pergunta inicial: perspectivas existem para um profissional de redes para trabalhar com empresas de TI, ou seja, empresas que prestam serviços de TI, ou em empresas que possuem um setor de infraestrutura, redes ou suporte bem definido.

Existe, ainda, um grande mercado para profissionais autônomos, também chamados de freelancers, mercado este de serviços de redes para pequenas empresas, serviços que podem ser executados através de uma consultoria, prestação de serviço pontual ou mesmo uma assistência continuada.

O mercado de redes, principalmente em uma cidade como Natal que ainda está descobrindo o que a TI pode oferecer, é um mercado nascente, mas com um expressivo crescimento e um rápido amadurecimento. Mas não nos enganemos, ainda há muito para se trilhar, e muito do crescimento do setor depende do profissionalismo de nós, profissionais, no desempenho do nosso trabalho. Que venham os desafios!

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Gestão do Lazer

Eu estudo há um certo tempo sobre um tema que acho fascinante, gosto de chamá-lo de “gestão do tempo”. Ele pode ser resumido como uma área do conhecimento que se preocupa em otimizar o esforço, estabelecer controles e desenvolver modelos que tragam mais produtividade. Em outras palavras: usar o tempo da forma mais racional
possível, maximizando o retorno sobre ele.

Produtividade é algo difícil de se conceituar, talvez porque muitas pessoas misturam o esforço com a produção. “Esforçar-se” está relacionado a gastar energia e tempo em atividades. “Produzir” é algo diferente, mas que surge como uma consequência do esforço. Você precisa se esforçar para produzir, mas o esforço não possui uma relação direta com este último. Em bom português: nada garante que o esforço irá ser produtivo.

E quando eu me refiro à “produção”, me refiro ao sentido o mais amplo possível, ou seja, qualquer coisa que possa ser fruto de trabalho ou que se possa atribuir valor.

Partindo do pressuposto que todos nós temos exatamente o mesmo tempo disponível, fica claro que alguns conseguem usar o tempo de forma melhor, já que conseguem produzir mais.

É por isso que algumas pessoas são mais produtivas que outras, é uma questão matemática! Se todos temos o mesmo tempo, usar melhor este tempo equivale a ser mais produtivo.

Eu devo admitir que sou, por vezes, fanático por otimizar o uso do meu tempo. E já li muito a respeito. Li e reli clássicos como o livro Getting Things Done, fora as milhares de horas investidas pesquisando sobre isto na internet, com direito às diversas adaptações ao método clássico proposto David Allen no livro citado, por vezes referenciado como “método GTD”.

Uma coisa que a maioria dos autores talvez falhe em abordar sobre a questão da produtividade, a meu ver, se refere ao tempo em que você não está disposto a trabalhar. E este ponto é o ponto principal que eu gostaria tratar. Acredito que não pode haver trabalho sem ócio.

Não me entenda errado. Eu gosto de trabalhar. Fica cada vez claro pra mim, entretanto, que o nível de qualidade do trabalho está intimamente conectado com a qualidade do seu ócio ou lazer. Em outras palavras: se você consegue curtir o seu tempo de ócio ou de lazer, o seu trabalho irá render mais.

Cada um de nós é que escolhe o que faz com seu tempo “livre”: dar atenção à família, se divertir, descansar, ir à praia, a lista pode crescer indefinidamente.

O problema é que o ócio e o trabalho competem pelo seu tempo. É difícil dizer não quando existe necessidade de atividades a serem desenvolvidas no trabalho. Igualmente difícil é dizer não à ida ao parque com o filho, ou o cinema com o companheiro.

E aí, mais uma vez, cabe tentar usar a razão para organizar o tempo que você vai dedicar a suas atividades, quer sejam de trabalho ou de lazer.

Vejam que interessante idéia apareceu em outro livro que li, “Você está Louco”, de Ricardo Semler: o autor sugere que ser dispensado no quarta-feira pode trazer enormes ganhos na qualidade de vida do profissional e também na sua produtividade. Faz sentido pra mim.

E há quem defenda que a empresa deva ajudar o trabalhador neste caminho de equilíbrio, mas eu acredito mais na visão oposta, de que isto é uma coisa personalíssima, ou seja, uma responsabilidade que não deve ou sequer pode ser transferida a um terceiro.

Certamente são idéias que merecem uma boa dose de reflexão. Equilibrar estas duas forças pode ser o grande segredo para ter sucesso, profissional e pessoal.

Nossos Microfracassos

Todos nós buscamos o sucesso, isso é fato. Talvez seja algo da nossa própria natureza como seres humanos, ou talvez seja algo que de alguma forma aprendemos ao longo da nossa educação, das nossas experiências. Por vezes observo as pessoas se cobrando demais, cobrando demasiadamente de sua equipe ou de seus colegas, cobrando, cobrando, cobrando, como se isso fosse uma receita mágica para se alcançar o tão sonhado sucesso. De um tempo para cá, comecei a me perguntar se este comportamento seria realmente a melhor estratégia e cheguei a uma interessante hipótese: seria o fracasso uma parte essencial do sucesso?

É sabido que todos erramos, todos nós falhamos. Em casa, na escola, no trabalho. Isso é uma parte natural e presente de nossas vidas, entretanto a cobrança pelo sucesso faz com que o processo de falhar seja traumático, talvez mais traumático do que deveria. O lado bom de falhar é a oportunidade de aprender, é a possibilidade de rever suas ações, suas escolhas, sua forma de pensar. No final das contas, são esses microfracassos que trazem um considerável volume de aprendizado, de experiência, de “feeling”.

Pois bem, eis minha proposta: no dia-a-dia, seja em casa, seja no trabalho, tente abraçar o fracasso. Encare de forma natural seus erros. Ria dele. Não se cobre tanto, não se leve tão a sério. E aproveite, com todas as suas forças, a oportunidade de aprendizado que emerge a cada microfracasso de seu dia. Distancie-se da tristeza, da angústia, da cobrança. Agradeça a chance de se tornar uma pessoa melhor e mais bem preparada para os desafios que te aguardam.

É Fácil dar Aula?

O ofício do professor envolve o uso de diversas habilidades diferentes, quem é professor sabe do que estou falando. Por um lado, é necessário a “firmeza” no conhecimento a ser passado, por outro, é necessário a “didática”, o jogo de cintura na sala de aula, a leitura na expressão dos rostos dos alunos, a verificação constante do entendimento do aluno, a ajuda a quem precisa, o estímulo para não tornar a aula cansativa.

Uma ferramenta que cada vez mais fica claro para mim que é uma grande aliada do professor é o plano de aula. Como professores, acredito que é importante ter um “roteiro” para cada aula que iremos dar. E quando me refiro a roteiro, quero dizer algo mais abrangente que simplesmente os tópicos e slides do assunto.

Precisamos investir um tempo para tornar cada aula a mais interessante possível para o aluno. Precisamos estimulá-lo. Desafiá-lo. Estimular a
sua criatividade, trabalhar para eles se auto-avaliarem melhor, terem uma noção mais clara do conhecimento e habilidade que têm e também dos que não tem. Impor trabalhos em grupo, estimular a interação entre eles. Associar os assuntos com as realidades e as experiências deles.

É muita responsabilidade. Mas o resultado de um aprendizado realizado reverberam por muito tempo e por muita distância. Pra mim, poucas coisas são mais gratificantes que ver nos olhos de um ex-aluno o reconhecimento, o sentimento de gratidão pelo que o professor proporcionou a ele.

Temos que ser modelos. Temos que dar exemplo. Temos que entrar na vida de nossos alunos, criticar suas atitudes, suas opiniões, suas posturas. Temos que plantar semestes que virarão florestas.

Talvez o que seja mais complicado seja equilibrar os objetivos de um curso ou módulo com as expectativas e o interesse dos nossos alunos. Às vezes, temos que ser um show man, um contador de histórias, descontrair. Tudo isso para voltar ao assunto do curso, para atingir o objetivo estabelecido que é fazer o possível para transmitir conhecimento.

Dar aula não é fácil, não é para os fracos. 😉

Um recurso que gosto muito de usar é trabalhar com a curiosidade dos alunos. Que tal lançar uma pergunta no fim da aula, e só responder na próxima aula, ou no EAD? Que tal colocar um assunto que naturalmente é mais curioso e desperta mais interesse apenas no fim da aula, estimulando o uso do EAD, o auto-estudo?

Sabemos que tem assuntos mais interessantes que outros. Sabemos que dá pra fazer perguntas instigantes. Podemos usar estrategicamente as
perguntas no momento certo, no momento que teremos mais “continuidade”.

Precisamos trabalhar para que o aluno continue os estudos fora da sala-de-aula. Vocês sabem como isso é dificil. Vocês também sabem que
é necessário para qualquer futuro profissional o auto-estudo. A sala de aula é limitada. O mundo traz possibilidade ilimitadas.

O Lucro Responsável

Nos últimos dias, uma das maiores empresas do Brasil, a Vale, foi “premiada” com o Public Eye’s People”, um concurso anual realizado pelo Greenpeace que elege as piores empresas no que tange o respeito ao meio ambiente. A Vale, além dos bons números, goza (ainda) de boa imagem com relação à sustentabilidade e respeito ao meio ambiente, imagem que pode estar começando a ser desfeita.

Este ocorrido trouxe à minha memória um assunto que já vi algumas vezes sendo tratado em um ou outro artigo nas minhas leituras pela internet: a administração responsável de empresas, um tema que faz mais sentido a cada dia, dada a influência e o envolvimento das empresas com o nosso dia-a-dia.

Muitos acreditam que as empresas existem com a única finalidade de dar lucro. Está é uma visão equivocada. Raciocinem comigo: as empresas, para sobreviver, como toda e qualquer instituição, precisam de uma receita igual ou superior às despesas, ou seja, precisam obter lucro.

Mas uma empresa não pode existir simplesmente para dar lucro. Uma empresa existe para atender a uma necessidade de sociedade, ou dos indivíduos que nela se inserem. Seria extremamente simplista acreditar que uma empresa sem uma missão bem definida e que efetivamente atenda a um anseio ou necessidade pudesse prosperar.

Claro, distorções existem. Existem micro empresas, existem empresas enormes. Atualmente o que define uma empresa, via de regra, é quanto esta empresa fatura. E aí que começa uma grande distorção: supervalorizamos as empresas que possuem um enorme faturamento ou um enorme lucro anual.

Não faria mais sentido valorizarmos as empresas conforme o seu impacto na sociedade? E com relação às grandes e enormes empresas que possuem impactos negativos no meio-ambiente (e a longo prazo na sociedade), será que nós cidadãos estamos dando um feedback negativo condizente com estes resultados?

Acredito que devemos todos estarmos cada vez mais atentos a esta realidade, acompanhar as ações desenvolvidas pelas empresas, cobrar dos gestores e admnistradores posturas que estejam de acordo com o que é esperado pela sociedade. Me parece um bom caminho para melhorarmos nosso mundo capitalista.

Fique longe dos reclamões

O texto abaixo não é de minha autoria, mas vi tanta verdade nele que fiz questão de compartilhar com vocês. O texto fala sobre as pessoas que reclamam da vida. Referência ao original no final do post.

Uma das histórias mais engraçadas, porém profundas que eu já ouvi foi
sobre um jovem monge que entra em um mosteiro, onde você pode apenas
dizer duas palavras por ano.

Ele passa por esse primeiro ano fazendo todas as coisas que ele
deveria fazer. No final do ano, o chefe dos monges dá ao jovem monge a
chance de dizer as suas duas palavras. “Cama dura”, diz ele.

Mais um ano de árduo trabalho acontece, melhor do que qualquer outro
monge. No final do ano o monge chefe pede para o jovem monge dar duas
palavras. “Comida ruim”, diz ele.

Mais um ano, a mesma coisa, só que desta vez o jovem monge diz: “Eu
desisto.” O monge responde: “Eu não estou surpreso. Tudo que você
sempre fez foi reclamar.”

Queixar torna-se um hábito. Focalizar o negativo também se torna um
hábito. É um dos hábitos mais negativos que você pode ter. Ele pode
ter um impacto negativo em você socialmente, afetando a sua felicidade
pessoal, mas também pode subconscientemente sabotar a sua carreira e o
sucesso. Como assim?

Antes de tudo, quando se queixa às pessoas 80% delas realmente não se
importam, e os outros 20% são do tipo feliz que isto está acontecendo
com você. Isto fazem elas sentirem  muito melhor sobre suas vidas.
Além disso, o papel de vítima “pobre de mim” pode ter dado a você
alguma simpatia ou a atenção de seus pais ou de determinadas pessoas,
mas as pessoas bem sucedidas não vão querer estar perto de você.

Nós vamos precisar de pessoas bem-sucedidas para nos ajudar a obter
mais sucesso, sim ou sim?

A verdade é que ninguém quer estar em torno de um estraga-prazeres, e
queixosos são os piores de todos eles.

Eles não se enquadram numa abordagem de uma maneira positiva, dizendo,
por exemplo: “Aqui está algo que nós podemos olhar”, ou “Aqui está
algo que você pode ser capaz de tentar.” Tudo que eu preciso ouvir é
uma queixa de alguém e eu penso: “Cai fora, cara! Adquira a sua
própria vítima!”

As palavras têm poder. São declarações ao universo. O que você
reclamar tornará o seu foco e sua intenção, e se expande para você
exatamente como é suposto. Então vá em frente e reclame … ou talvez
não. Você tem que se pegar, porque ninguém vai fazer isso por você,
provavelmente porque eles estão fazendo isso também.

A miséria adora companhia, e há aqueles que não estão interessados no
partido da piedade. Você acha que eles estão interessados, porque lhe
perguntaram: “Ei, como está indo?”, e você começa a pensar, “Bem, eu
não posso acreditar no que fulano disse e fez e …” Você sabe quem está
interessado?

Pode ser difícil mudar o seu grupo de pares, ou até mesmo lidar com
entes queridos que podem ser negativos.

Quais são algumas das maneiras que encontrou para manter um foco
positivo, apesar dos reclamões em sua vida? Como você se cuida,
ama-os, protegendo-se de tudo assim mesmo?

Fontehttp://liderando-lideres.com.br/lideranca-organizacional/trabalho-em-equipe-lideranca-organizacional/fique-longe-dos-reclamoes/

Os Mandamentos do Gerente no Google

Existe uma infinidade de livros, artigos e conteúdo na internet a respeito do tema gestão, sob diversas ópticas e com os mais diferentes enfoques. Uma destas ópticas possíveis é a das relações com os profissionais, que desperta especial interesse em mim.

Gostaria de compartilhar neste artigo um destes posts que achei por acaso na minha navegação online. O artigo traz uma lista de 8 mandamentos ou características que são consideradas fundamentais para um bom gerente dentro do Google, e está originalmente em inglês. A autoria e veracidade desta lista não pude verificar, mesmo assim vale muito a pena a leitura. Os 8 comportamentos são:

1. Seja um bom tutor. Sempre ofereça feedbacks construtivos, balanceando o lado negativo e o positivo. Tenha sempre reuniões particulares com sua equipe, apresentando soluções para problemas de acordo com o potencial de cada um.

2. Dê poder a sua equipe e não diminua a gerência. Balanceie liberdade, enquanto esteja sempre disponível para conselhos. Diminua o escopo das tarefas quando perceber que trata-se de um grande problema a ser superado.

3. Mostre interesse pelo sucesso da equipe e seu bem estar. Conheça sua equipe, saiba o que cada um faz fora do trabalho. Faça com que novos membros sintam-se a vontade e ajude em cada transição.

4. Não seja maricas: seja produtivo e orientado a resultado. Foque no que o seu empregador quer alcançar e como fazê-lo. Ajude a equipe a priorizar as tarefas e aproveite os mais experientes para superar os desafios mais facilmente.

5. Seja um bom comunicador e escute sua equipe. Comunicação é de duas vias: você deve tanto ouvir quanto compartilhar informação. Faça com que a sua equipe se integre. Encorage o diálogo franco para lidar com as incertezas e preocupações de sua equipe.

6. Ajude sua equipe com a carreira profissional.

7. Tenha uma visão clara e uma estratégia para a equipe. Mesmo em uma turbulência, mantenha a equipe focada nos objetivos e na estratégia. Envolva a equipe na definição da estratégia e ajude a desenvolver a visão coletiva de todos.

8. Tenha as habilidades técnicas chave para fazer o trabalho. Quando preciso, sente-se lado a lado com sua equipe. Compreenda os desafios específicos que lhe foram dados.

Naturalmente estes comportamentos se aplicam às mais diversas empresas e situações, portanto espero que a leitura tenha sido proveitosa e que possa trazer boas idéias para a sua gestão de equipe.

Be Nice

Outro dia me peguei sendo desrespeitoso, agredindo verbalmente um desconhecido que, como todos nós, trabalha e busca conquistas na vida. Um deslize na prestação do serviço foi o suficiente para me tirar do sério e como consequência fui cobrar uma satisfação com aquela pessoa. O cenário era um restaurante; o profissional, um garçom, embora eu esteja certo que episódios como este acontecem nos mais diversos locais em diferentes ocasiões.

Talvez os desafios, metas e a busca incansável por resultados seja o grande culpado pelo stress e a falta de tolerância que parece aumentar a cada dia. Será que existe uma saída no fim do túnel? Me apresso em afirmar que sim.

A forma como tratamos os outros pode ser o fator determinante para o seu próprio sucesso profissional. Ser cordial importa.

A cordialidade, além de tornas as nossas relações prazerosas, é uma atitude que abre portas que pode eventualmente estar fechadas. É também uma forma de tornar o ambiente de trabalho mais humano, sem perder de vista o foco em resultados que todo negócio sério precisa ter. Por isso tudo, seja cordial.

Os dias passam e o tempo nos brinda com novas lições. Aproveitar os melhores ensinamentos nos faz crescer e nos torna pessoas melhores. Espero que refletir sobre este texto possa de alguma forma tornar você uma pessoa melhor do que era ontem.

Humildade Importa

Me pergunto até que ponto as pessoas realmente compreendem o significado da humildade e, mais que isso, a importância que damos a essa virtude. A humildade para mim é, antes de mais nada, a crença de que nenhum de nós é mais importante que o outro. É algo bem simples e ao mesmo tempo tão  difícil de exercitar no dia-a-dia.

O exercício da humildade pode ser aplicado em  diversas situações do cotidiano e  pequenas mudanças comportamentais podem gerar grandes e compensadores resultados.

Atitudes de desrespeito  ao próximo parecem com frequência eventos menos significativos. Na verdade não o são e podem afetar até o mais calmo e tranquilo dos cidadãos. Quando um desconhecido o trata mal, como você reage? A propósito,  você trata  todos da mesma forma que gostaria de ser tratado? E se em um determinado momento você se sentiu agredido, desrespeitado, a minha proposta é que, ao invés de revidar, tente perdoar quem te agrediu. Tente educar. Tente mostrar um caminho melhor, através da compaixão, da solidariedade e da razão.

Afinal o que buscamos, como sociedade? Um ambiente de competição predatória, onde o mais forte ou de maior sucesso irá se impor, independente das consequências para os seus semelhantes? Cabe refletir sobre nossas atitudes e possíveis desdobramentos negativos.

Acredito que a prática da  humildade é capaz de fazer nossa sociedade evoluir para algo melhor, pela simples razão de que de nada adianta um esforço individual quando o coletivo pode gerar muito mais, bastando apenas o interesse e a dedicação para chegarmos lá.

Parece utópico? Talvez. Não saberemos o resultado até tentar, e você não precisa esperar o outro começar a agir  para começar a mudar o nosso mundo. Prefiro viver com a meta de buscar algo extraordinário, ainda que não o alcancemos apesar do empenho. Podemos nunca chegar lá, mas não tentar é para os fracos.

Trabalho e Resultado

Muitos livros que tratam de empresas e empreendedores abordam o termo “resultado” ou “orientado a resultado” . Já vi o termo em diversos lugares diferentes, desde em textos de missão de uma empresa a características pessoais desejadas em uma oferta de emprego.

O conceito não é difícil de entender, e ao mesmo tempo verifico que muitos trabalhadores desconhecem o teor dele. Vamos a uma definição possível: uma pessoa orientada a resultado é uma pessoa que cumpre o que lhe foi pedido, independente do nível de dificuldade ou das barreiras que apareçam ao longo da execução.

Se o seu superior te pede algo, é porque ele confiou a execução de uma tarefa a você. O mínimo que você pode fazer é dar todas as suas forças para que a tarefa seja cumprida. Dificuldades e barreiras sempre virão, o que vai fazer diferença é a forma como você lida com elas. Desculpas são apenas desculpas, e é bom sempre lembrar: ninguém gosta de ouví-las.

Se alguma coisa que foi pedida lhe parece impossível, torna-a possível. Se o produto não está mais disponível no fornecedor, encontro um novo fornecedor. Se o produto está com preço além do que a empresa pode pagar, consiga um desconto. Se não houve tempo para realizar alguma coisa, organize melhor o seu tempo e use o seu tempo particular se for necessário.

As empresas via de regra trabalham com objetivos e prazos bem definidos, isto é quase que um requisito no nosso mundo atual. Basta se colocar como cliente e tudo fica fácil de entender. Quando você está em um restaurante e a conta demora mais que 5 minutos para chegar, como fica a sua paciência?

Vivemos no mundo do agora, ou seja, ninguém quer perder tempo, ninguém aceita de bom grado uma espera que lhe pareça desnecessária. Até porque nós que trabalhamos devemos saber que a partir do momento que nosso tempo é desperdiçado, este tempo pode fazer falta na execução de algo importante no seu trabalho ou na sua empresa.

Não consigo deixar de desvincular a idéia do termo resultado com uma conhecida frase usada por militares, e até em filmes: “missão dada é missão cumprida”. Me parece que os militares já possuem a característica de ser orientados a resultados no sangue, o que é louvável.

Por isso, se você quer crescer na carreira e impressionar os seus superiores, na próxima vez que lhe for pedido para derrubar uma montanha, derrube duas. Quando te pedirem para algo ser feito, faça melhor do que qualquer pessoa faria. O que quer que seja pedido, faça melhor, mais rápido, com mais qualidade.