O ofício do professor envolve o uso de diversas habilidades diferentes, quem é professor sabe do que estou falando. Por um lado, é necessário a “firmeza” no conhecimento a ser passado, por outro, é necessário a “didática”, o jogo de cintura na sala de aula, a leitura na expressão dos rostos dos alunos, a verificação constante do entendimento do aluno, a ajuda a quem precisa, o estímulo para não tornar a aula cansativa.
Uma ferramenta que cada vez mais fica claro para mim que é uma grande aliada do professor é o plano de aula. Como professores, acredito que é importante ter um “roteiro” para cada aula que iremos dar. E quando me refiro a roteiro, quero dizer algo mais abrangente que simplesmente os tópicos e slides do assunto.
Precisamos investir um tempo para tornar cada aula a mais interessante possível para o aluno. Precisamos estimulá-lo. Desafiá-lo. Estimular a
sua criatividade, trabalhar para eles se auto-avaliarem melhor, terem uma noção mais clara do conhecimento e habilidade que têm e também dos que não tem. Impor trabalhos em grupo, estimular a interação entre eles. Associar os assuntos com as realidades e as experiências deles.
É muita responsabilidade. Mas o resultado de um aprendizado realizado reverberam por muito tempo e por muita distância. Pra mim, poucas coisas são mais gratificantes que ver nos olhos de um ex-aluno o reconhecimento, o sentimento de gratidão pelo que o professor proporcionou a ele.
Temos que ser modelos. Temos que dar exemplo. Temos que entrar na vida de nossos alunos, criticar suas atitudes, suas opiniões, suas posturas. Temos que plantar semestes que virarão florestas.
Talvez o que seja mais complicado seja equilibrar os objetivos de um curso ou módulo com as expectativas e o interesse dos nossos alunos. Às vezes, temos que ser um show man, um contador de histórias, descontrair. Tudo isso para voltar ao assunto do curso, para atingir o objetivo estabelecido que é fazer o possível para transmitir conhecimento.
Dar aula não é fácil, não é para os fracos. 😉
Um recurso que gosto muito de usar é trabalhar com a curiosidade dos alunos. Que tal lançar uma pergunta no fim da aula, e só responder na próxima aula, ou no EAD? Que tal colocar um assunto que naturalmente é mais curioso e desperta mais interesse apenas no fim da aula, estimulando o uso do EAD, o auto-estudo?
Sabemos que tem assuntos mais interessantes que outros. Sabemos que dá pra fazer perguntas instigantes. Podemos usar estrategicamente as
perguntas no momento certo, no momento que teremos mais “continuidade”.
Precisamos trabalhar para que o aluno continue os estudos fora da sala-de-aula. Vocês sabem como isso é dificil. Vocês também sabem que
é necessário para qualquer futuro profissional o auto-estudo. A sala de aula é limitada. O mundo traz possibilidade ilimitadas.